Auxiliar administrativo Guilherme dos Santos Silva
- entrevistadoresIFSP
- 1 de jun. de 2021
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Guilherme dos Santos Silva (27), engenheiro formado na primeira turma do curso nota máxima no MEC de Engenharia Civil do IFSP Votuporanga, relata sobre os aprendizados durante o curso e atividades extracurriculares, como a fundação do Centro Acadêmico (CA), em seu atual papel como auxiliar administrativo em um aterro sanitário.

Leia abaixo a entrevista completa com Guilherme:
Sabemos que você foi aluno de uma das primeiras turmas de Engenharia Civil do IFSP - Votuporanga. Como foi essa experiência?
Tenho uma enorme gratidão de ter passado por essa experiência, ser parte do desenvolvimento desde o início da instituição é uma grande responsabilidade, a começar com a interação muito próxima com professores e outros funcionários visando melhorias de metodologia e estrutura e, além disso, levar o nome da instituição para atrair os olhares da comunidade e abrir as portas do mercado de trabalho, por exemplo. Observar atualmente os resultados obtidos pela instituição e ver o que está sendo feito é gratificante.
Os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Civil do IFSP - Votuporanga, reconhecido com nota máxima no MEC e no ENADE, contribuem no seu desempenho profissional?
Com certeza, a capacitação técnica que o IFSP – Votuporanga proporciona é sensacional, mas o maior diferencial são as skills desenvolvidas ao longo do curso, com muito incentivo dos docentes, como organização, adaptabilidade, e principalmente assumir a responsabilidade e buscar seu objetivo. Entendo que esses são os maiores diferenciais em minha trajetória profissional, além de ter um excelente embasamento técnico para tomada de decisões.
Sabemos que você fundou o Centro Acadêmico (CA) do IFSP. Conte um pouco como foi, as dificuldades e os aprendizados.
Desde quando ingressei no curso a ideia de criar o CA fez parte da minha turma, principalmente por ser uma maneira de buscar melhorias para os alunos, mas somente com a entrada da segunda turma que decidimos efetivamente criar o CA. A principal dificuldade que enfrentamos é o conflito de interesses, principalmente por ser algo que estava começando, então precisávamos chamar a atenção dos alunos para a importância do CA para engajá-los e gerir as ideias de cada pessoa da organização para atrair esse interesse foi algo complicado, além disso havia a falta de recursos. Os principais aprendizados foram a importância de ser participativo, de trabalhar em equipe e ter empatia pelas pessoas, pois independentemente dos problemas que tivéssemos, as pessoas do CA estavam sempre engajadas em buscar melhorias para os alunos em geral.
Em qual área de atuação está atualmente? Descreva um pouco do seu trabalho.
Atualmente atuo como auxiliar administrativo em um aterro sanitário, minha função principal é a gestão de frota. Além disso, atuo com a equipe operacional, auxiliando no controle topográfico, de compactação, de estoque, legislação ambiental e orçamentos. Dessa maneira, vários dos conceitos aprendidos durante o curso são aplicados no dia a dia, e os desafios são diversos, diferentes tipos de resíduos, alterações recentes no sistema do governo para controle de resíduos, e o monitoramento para que nada saia de controle e não prejudique a fauna, flora, os lençóis freáticos e a comunidade no entorno, por exemplo, são parte recorrente do cotidiano profissional.
Você já trabalhava ou pretendia trabalhar neste ramo durante sua formação acadêmica? Como foi a sua trajetória até chegar ao seu trabalho atual?
Durante a graduação estagiei em uma concreteira e até tive a proposta para efetivação, mas não conseguiria conciliar com os estudos. A partir do momento que terminei meu estágio, meu foco se tornou a sustentabilidade, o que eu busquei aprender durante a graduação foi melhorar produtividade, qualidade e diminuir o desperdício. Então me sinto realizado de estar em um lugar que se enquadra naquilo que acredito, realiza reciclagem de diversos produtos, inclusive de construção civil, uso de energias renováveis e que objetiva não prejudicar o meio ambiente.
Minha trajetória profissional demorou um pouco para engrenar. Participei de muitos processos seletivos até que em março de 2019 apareceu a oportunidade de atuar como promotor de produtos bancários, isso abriu algumas portas o setor, mas não era algo que eu desejava seguir. Em seguida recebi a proposta de atuar como operador de produção, atuei no setor durante 2 anos, já estava pensando em uma nova graduação para uma transição de carreira, até que em novembro do ano passado fui chamado para trabalhar no aterro, onde estou atualmente.
Quais as principais dificuldades profissionais que você encontrou até o momento?
A graduação de uma instituição como o IFSP – Votuporanga abre muitas portas, mas eu não estava bem-preparado para elas, tive bons resultados em processos seletivos de grandes empresas, mas sempre faltava algo, acredito que me faltou um pouco mais de experiência profissional. O mercado de trabalho está muito concorrido, então precisamos buscar o diferencial desde o início da graduação, estágios, iniciação cientifica, trabalhos voluntários, aproveitem ao máximo o que o Instituto oferece pois com certeza as oportunidades vão aparecer e você deve estar bem-preparado.
Quais dicas, tanto em relação à vida quanto ao seu ramo de atuação, você daria aos estudantes do Instituto?
Como dito anteriormente, aproveitar os conselhos dos professores, ser participativos, e buscar experiências. Aproveitar bastante a faculdade, criar amizades, contatos, e não ter vergonha de errar pois esse é o momento de aprender.

Guilherme e seus colegas da Turma I IFSP - VTP
"Gostaria de agradecer à equipe pela oportunidade e de expressar minha gratidão aos profissionais do IF por tudo que fazem e fizeram por essa instituição. Também gostaria de agradecer as pessoas que me proporcionaram e contribuíram para essa experiência, obrigado."
Nós, da equipe de entrevistas do IFSP, agradecemos ao Guilherme por participar deste projeto e compartilhar suas experiências. Muito sucesso em sua trajetória!
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