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Engenheira Civil Zaine Prioto da Costa

Atualizado: 18 de nov. de 2021


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Aluna da segunda turma de Engenharia Civil do IFSP Votuporanga, Zaine Prioto da Costa (26) nos conta toda sua trajetória desde o ingresso na faculdade até os dias atuais como Engenheira na empresa Converd de Votuporanga.





Veja abaixo todas as perguntas e respostas de nossa entrevista com Zaine:


Como foi sua experiência como aluna de uma das primeiras turmas de Engenharia Civil do IFSP – Votuporanga?


Foi extremamente gratificante. Ao longo do tempo, pude perceber o empenho dos alunos e dos professores para elevar o patamar do curso e, esse empenho por parte dos nossos mestres e colegas, particularmente, era o que me motivava nos momentos de dificuldades e incertezas. Eu sempre fazia uma analogia na minha cabeça: pensava que as primeiras turmas seriam a fundação do curso e, que se nós batalhássemos pelo conhecimento e pelo crescimento do campus, nós seríamos como uma sólida e consistente fundação e, se uma fundação é corretamente pensada e executada, ninguém pode negar que a estrutura acima dela construída será beneficiada. No final do dia, e sim, existiam dias bem complicados, existia também a vontade de fazer a diferença, não que tivesse a pretensão de que a próxima grande personalidade intelectual ou a ideia revolucionária do século fosse sair de nós, mas digo, fazer a diferença no simples, em conjunto, deixar um legado de consistência e disciplina.


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Turma 2 de Engenharia Civil do IFSP Votuporanga

Quais as experiências você já teve, durante o curso ou após ele, que te auxiliaram a chegar onde está trabalhando hoje?


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As principais experiências foram obtidas no meu período de estágio e também através da troca de experiências com os professores. A engenharia civil é uma área muito ampla e, ironicamente, uma área também muito saturada. Me explico: existe um leque gigante de áreas de atuação, mas muitos profissionais acabam migrando para as áreas costumeiras, o que satura determinados setores. Particularmente, eu acredito que isso delimita a visão do profissional. Já no estágio, lembro de ter tido uma conversa incrível com meu supervisor e dona da empresa que eu estagiava, sobre a escassez de engenheiros orçamentistas e, na medida que ele me apresentou o setor de gerenciamento atrelado ao orçamento, me apaixonei e, meu TCC foi nessa área. Os professores também nos alertavam para a diversidade da área de atuação e, para a necessidade de constante estudo e atualização na área que você quer atuar, tudo isso foi se somando na minha cabeça. Acredito, que essa base me deu confiança para desenvolver esse tipo de trabalho no lugar que estou hoje. Diria que tudo isso não só me auxiliou, mas me mantém alerta até hoje, para que eu possa me manter no mercado de trabalho.


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Conte-nos um pouco sobre sua área de atuação no momento, experiências e rotina.


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Eu trabalho com duas grandes frentes: loteamentos e licitação. Na área de loteamentos eu passo por análise de projetos, levantamento de quantitativos de materiais, serviços e mão de obra para a execução da infraestrutura de um loteamento e, depois de tudo isso, chega-se a pesquisa de preço de mercado dos materiais, serviços e da mão obra, gerando ao final um orçamento. E, se o cliente fechar os serviços requeridos conosco, passamos a parte de execução, que é onde devemos conciliar constantemente o rendimento com os valores colocados no orçamento. É muito complicado, porque no caminho aparecem muitos e muitos imprevistos, mas ai que reside a beleza da nossa profissão, a capacidade de sentar, calcular, repensar e achar alternativas para controlar a situação. Ainda na área de loteamentos, eu faço estudos de viabilidade de loteamentos. Geralmente, um cliente possui determinada área e acredita ser loteável, e através do estudo de viabilidade, antes de despender tempo e dinheiro com projetos executivos, nós podemos verificar isso, por meio de porcentagem de área de lotes, asfalto, área verde, área institucional que a área em questão irá gerar. Já na área de licitação, eu atuo montando todo o processo de documentação, desde a parte jurídica, quanto a montar planilhas orçamentárias e cronogramas físicos financeiros. Basicamente, sou responsável por toda a documentação.


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Quais fatores dentro do IFSP (IC’s, visitas técnicas, aulas práticas etc.) contribuíram para conhecimentos na sua área de atuação?



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De forma geral, tiveram as aulas práticas de topografia e, também as visitas técnicas as obras. Não que essas visitas e aulas influenciaram diretamente na minha área de atuação, mas elas auxiliaram a visão da teoria sendo colocada em prática. O que, na minha opinião, é um dos grandes desafios de um engenheiro quando sai da faculdade. Transferir todo como o conhecimento teórico para a prática. Organizar os pensamentos e aprendizados e aplicar tudo isso a sua rotina diária de trabalho.


Zaine com sua amiga, e também engenheira, Mariana.

Quais as maiores dificuldades que encontrou após a sua graduação, seja dentro ou fora do mercado de trabalho?


A primeira dificuldade que encontrei foi a necessidade de me especializar mais na minha área de atuação. E, a dificuldade não foi a questão de sentar e estudar e conciliar isso com a rotina diária de trabalho, a dificuldade maior foi encontrar um local e uma instituição que me ofertasse um curso de especialização na área de loteamentos, por exemplo. Por isso, cito acima a questão da saturação de alguns setores na engenharia civil. Por exemplo, se você deseja cursar uma pós graduação em estruturas, as opções são muitas, mas quando se trata de outra área, torna-se muito difícil. É engraçado, pois tive que pesquisar por meses e meses até encontrar o curso que eu queria.


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Como ex-aluna do IFSP, teria algum conselho para os alunos do Câmpus?


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Aproveitem o tempo que passarem na faculdade. Em todos os sentidos. Aproveitem para perguntar, estudar, indagar e pesquisar as diversas áreas que compreendem a engenharia. Estejam junto com os professores, indaguem suas experiências reais de trabalho, isso vai dar uma base para que você não se frustre de forma tão grande quando estiver nadando sozinho. Não faça as coisas no piloto automático, apesar de se chamar rotina de trabalho, ela não é nem um pouco automática. É claro que existem matérias que você vai se identificar mais do que outras, mas encare isso como crescimento, porque no dia-a-dia de trabalho, na maioria da vezes, para cumprir os protocolos, você vai ter que acabar desenvolvendo trabalhos que você não gosta, mas terá que fazer. É um lugar que você vai encontrar uma diversidade gigante de pessoas, com pensamentos e experiências pessoais diferentes da sua e, isso muitas vezes gera conflitos, mas tente sempre aprender com eles e observar a beleza da diversidade, do encontro de culturas e pensamentos diferentes, porque mais uma vez, o correr diário da profissão envolve a conciliação de diversas pessoas com opiniões e pensamentos diferentes e, no final do dia, independente se você concorda ou não, uma linha de conciliação deve ser traçada e, você terá que conviver com esse constante jogo de ideias. Por fim, aproveite seus amigos, a cumplicidade e as histórias que você divide com eles é impagável, é algo para a vida toda.


Zaine sobre a engenharia civil: "É muito complicado, porque no caminho aparecem muitos e muitos imprevistos, mas é aí que reside a beleza da nossa profissão, a capacidade de sentar, calcular, repensar e achar alternativas para controlar a situação".

Nós, da Equipe de Entrevistas de Engenharia Civil do IFSP, desejamos a Zaine muito sucesso e agradecemos pela excelente entrevista! Entre em contato pelas redes sociais da entrevistada:


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