Engenheiro Calculista: Gabriel Tostes

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Aluno da Segunda turma de Engenharia Civil do IFSP Votuporanga, Gabriel Lima Veras Macedo Tostes (25), nos conta toda sua trajetória desde o ingresso na faculdade até os dias atuais como Engenheiro calculista.

Veja abaixo todas as perguntas e respostas de nossa entrevista com o Gabriel:

Sabemos que você foi aluno de uma das primeiras turmas de Engenharia Civil do IFSP - Votuporanga. Como foi essa experiência?

Sair de casa tão cedo acredito que seja um desfio para qualquer jovem que está entrando na faculdade. Mas chegando em Votuporanga, em alguns meses já fiz bons amigos e fui muito bem recebido tanto pelos meus colegas quanto pela equipe do IFSP, sempre estiveram dispostos a ajudar no que precisasse, tanto dentro quanto fora da faculdade, a equipe de funcionários sempre foi muito atenciosa.

Mas como a minha era apenas a segunda turma de Engenharia Civil, as coisas ainda estavam muito recentes na faculdade, foi muito bom estar lá durante essa evolução, a saudade dos momentos é inexplicável, hoje se pudesse participaria de cada momento lá de dentro, mesmo os que na época eu achava tão entediante.

Hoje é muito gratificante ver a estrutura que temos hoje dentro da faculdade, tanto de salas e laboratórios quanto de viagens, festas etc.

Como foi o início da sua carreira na Engenharia Civil?

No 7º semestre tive um pouco de dificuldade, a maioria dos meus amigos já havia feito o estágio obrigatório (todos não remunerados), porém eu consegui apenas no 8º semestre, em um escritório de arquitetura (não remunerado também) no qual eu não era muito fã do que fazia lá, mas aprendi a mexer no Revit lá dentro.

No 10º meu amigo João Neto trabalhava numa empresa e surgiu uma vaga para estágio no final do semestre, ele me enviou o contato do chefe dele e a principal exigência que eles estavam fazendo para a vaga era saber mexer no Revit, por sorte havia aprendido no estágio anterior. Mas esse também não era o estágio dos sonhos, apesar de ser remunerado, eu gastava mais para ir para o estágio do que eu ganhava, pois o estágio era em Rio Preto e eu morava ainda em Votuporanga, e tinha que ir todo dia e voltar, havia dias que eu acordava 5h30 para chegar no estágio as 8h.

Mas, ainda sim eu gostei muito da experiência profissional que tive, e no início do ano seguinte, assim que terminei a faculdade eles me chamaram para me efetivar. Então acredito que toda experiência é válida, até mesmo as que você não gosta, nem que seja para você ver que realmente não gosta daquilo.

Qual sua área de atuação atual e como o curso do IFSP contribuiu para a qualificação para esse tipo de atividade? (Aulas práticas, visitas técnicas, IC...)

Hoje eu trabalho como Engenheiro calculista, mais focado para a parte de Alvenaria Estrutural. Hoje vejo que a maioria das faculdades não tem essa matéria no curso, mas o IFSP tinha.

Quem me deu essa matéria foi o professor Raphael Spozito, lembro que ele se dedicou muito para conseguir passar essa matéria para a gente e ensinou muito bem, principalmente pelo fato de ter passado um projeto para a gente fazer, que hoje vejo que é o que mais ajuda na vida profissional, você ter experiências na faculdade que realmente tentam mostrar como vai ser aquilo na vida real, tentar sair um pouco da teoria e ir para a prática.

Quais as principais dificuldades profissionais que você encontrou até o momento? Conte-os um pouco sobre sua rotina de trabalho e experiências.

Hoje tenho muita saudade dos meus tempos de faculdade, podia dormir tarde, acordar tarde, deixar as coisas para última hora, daria qualquer coisa para voltar atrás.

Mas acredito que o mais difícil seja a rotina mesmo, ter a responsabilidade, principalmente porque você depende de outras pessoas e outras pessoas dependem de você, então manter essa relação e confiança é sempre muito importante.

E hoje também vejo que quando achamos que quando sair da faculdade jamais vamos estudar novamente é uma mera ilusão, nesses dois anos de formado estudei como jamais estudei na minha vida, são coisas que tenho muito mais prazer de estudar. Só que o mercado exige muito mais do que a faculdade, independente da área que vai seguir é sempre importante se manter atualizado e sempre aprendendo.

Temos o conhecimento de que está cursando uma pós-graduação. Nos conte um pouco sobre o que te levou a iniciar esse curso e qual a área de especialização.

Quando sai da faculdade vi a importância de sempre estar estudando, de se manter atualizado, fiz alguns cursos de especialicação (cursosde revit, alvenaria estrutural, TQS, drywall, LSF) e estava à procura de um curso como uma pós graduação ou até um mestrado, ouvi falar muito bem do corpo docente da pós graduação da UNIRP e decidi iniciar minha primeira pós na área de Engenharia de Estruturas, mas ainda virão muitas pela frente.

Quais os benefícios da pós na vida profissional e quais novas expectativas surgem com relação à sua carreira?

A pós graduação é um curso muito interessante, ele é muito mais corrido do que a graduação, porém ele foca realmente em uma área (no meu caso é em cálculo de estruturas e geral), e te mostra muito mais a prática e como poder enfrentar esses desafios quando se deparar ele no cotidiano.

Achei um curso bem completo e até prazeroso, pois é um curso mais específico e voltado para a área que você escolheu trabalhar ensinado de forma dinâmica. Com essa pós estou até pensando seriamente em ir mais adiante e quem sabe um dia fazer um mestrado.

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"Queria agradecer lógico a minha namorada Ana Luiza que me apoiou muito nos momentos que mais precisava, a todos meus amigos, funcionários e também a melhor turma do IF, com vocês com certeza tudo foi mais fácil, foi muito melhor.

Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam e me ajudaram essa trajetória, é muito difícil o amadurecimento durante a faculdade, mas é um período muito prazeroso, são oportunidades que nunca mais se tem na vida."

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Nós, da Equipe de Entrevistas do IFSP, desejamos muitas outras conquistas ao entrevistado e agradecemos por compartilhar suas experiências.

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@tostes.gabriel

Gabriel Tostes