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Engenheira Civil e Recém Aprovada em Curso de Mestrado na UFSCar: Isabella Silva Menezes


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Formada em 2021 pelo Instituto Federal a de São Paulo - campus Votuporanga, Isabella Silva Menezes (23), agora Engenheira Civil, nos conta como foi toda sua trajetória desde que ingressou na instituição até os dias atuais em sua pós-graduação pela UFSCar.



Veja abaixo todas as perguntas e respostas de nossa entrevista com Isabella Silva Menezes:



Sabemos que você foi aprovada no curso de mestrado e, desde já, te parabenizamos nessa nova conquista. Sua intenção ao longo da faculdade sempre foi essa? Ou essa ideia surgiu nesse último ano de graduação? Qual a sua área de atuação profissional e o que te levou a se interessar por ela?


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Congressos em que a entrevistada participou

Obrigada! A ideia de fazer um mestrado surgiu após eu ter desenvolvido a minha primeira iniciação cientifica (IC), ainda no segundo ano do curso técnico em edificações integrado ao ensino médio, em 2014. Foi meu primeiro contato com o universo acadêmico e eu me apaixonei pelas experiências proporcionadas pela IC. Porém, eu não tinha 100% de certeza de que queria isso para minha vida ou mesmo se seria possível. Algo que contribuiu muito para minha decisão por fazer o mestrado foi o apoio dos meus pais, que sempre me incentivam em tudo, especialmente nos estudos. Por fim, o “empurrãozinho” que faltava para me decidir, foi conhecer um pouco da experiência daqueles que fizeram ou estão fazendo mestrado na área (registro aqui um agradecimento a todos que “incomodei” com esse assunto, rs, foram extremamente enriquecedora as nossas conversas).


Em qual universidade o mestrado será desenvolvido e qual a área de pesquisa?


O mestrado está sendo desenvolvido no programa de pós-graduação em Engenharia Civil (PPGECiv) da UFSCar. A área de pesquisa que escolhi no programa é Estruturas e Geotecnia. A pesquisa que estou desenvolvendo envolve especificamente estruturas de madeira.


Como foi o processo para se candidatar e conseguir essa oportunidade?


Apresentação de TCC de forma remota devido à Pandemia

O processo começou com a publicação do edital. No edital é possível encontrar as informações necessárias como por exemplo início e término das inscrições, como realizá-la, quais são os critérios de seleção, entre outras coisas. Nesse processo seletivo que participei constava no edital que seria considerado o desempenho do aluno na graduação e seu currículo em uma única fase, sendo necessário o aluno escolher no ato da inscrição entre as linhas de pesquisa: Gestão, Tecnologia e Sustentabilidade na Construção Civil (Área de Pesquisa: Construção Civil); Estudo e Desenvolvimento de Sistemas Estruturais (Área de Pesquisa: Estruturas e Geotecnia) e Estudo e Desenvolvimento de Sistemas de Infraestrutura Geotécnica (Área de Pesquisa: Estruturas e Geotecnia).


Por questão de afinidade, optei por Estudo e Desenvolvimento de Sistemas Estruturais. Então lendo o edital eu elaborei um checklist de tudo que eu precisava providenciar para a inscrição, como por exemplo digitalizar documentos pessoais, solicitar um documento na secretaria do Instituto que comprovasse que estava concluindo a graduação, economizar para poder pagar a taxa de inscrição, organizar os certificados das ICs, os resumos publicados nos congressos e os certificados emitidos pelos congressos que participei. Assim, quando as inscrições começaram eu já possuía tudo e finalizei a inscrição no primeiro dia mesmo (era possível iniciar a inscrição em um dia e conclui-la em outro também). Tive algumas dúvidas no ato da inscrição e a Juliana Selare, o Gabriel Morgan e o professor Gustavo Nirschl me auxiliaram em tudo e agradeço muito a eles por isso. Depois do prazo limite para inscrição, foi necessário aguardar 7 dias para sair a lista das inscrições deferidas, parece uma etapa simples, mas eu tive muito medo de ter preenchido algum campo errado sem querer e ter minha inscrição indeferida (ressalto aqui mais uma vez que a ajuda dos egressos foi fundamental). Felizmente, deu tudo certo.


Um mês e meio depois, no final de outubro, foi divulgado a nota de cada candidato, posteriormente saiu uma classificação preliminar e só no fim de novembro foi divulgado o resultado final. Eu fui a primeira na lista de espera, fiquei ansiosa como qualquer outra pessoa no meu lugar, mas ainda havia muito a ser feito, estava no “meio” do último semestre, foquei em terminar meu TCC e cumprir minha meta de defendê-lo ainda em 2020. Foi apenas no meio de janeiro que recebi um e-mail informando que eu havia sido aprovada e que poderia estar confirmando meu interesse na vaga. Foi um momento indescritível.


A espera que parecia ser algo ruim, hoje vejo com outros olhos, ela me fez amadurecer um pouco mais e ter a certeza de que era isso que eu queria para mim. Gostaria de ressaltar que o edital muitas vezes muda de um ano para outro, então para aqueles que cogitam se candidatar futuramente, aconselho ler minunciosamente o edital do processo seletivo que irá prestar, porque pode ser que tenha alguma mudança. Também me coloco a disposição para tirar qualquer dúvida que estiver ao meu alcance.


Quais as atividades desenvolvidas no IFSP que te deram oportunidades de crescimento na área de seu estudo no mestrado(ICs, TCC, etc)?


Acredito que tudo que foi desenvolvido contribuiu significativamente, porém vou discorrer um pouquinho sobre algumas atividades que realizei na graduação e que foram muito enriquecedoras. Em 2017, no segundo ano da graduação, eu fui bolsista no projeto de extensão “InfoEducativa” orientado pela professora Juliana Franciscani, onde pude preparar um módulo da apostila e ajudá-la a ensinar Informática Básica para crianças. Esse projeto me possibilitou enxergar o mundo de outra forma, cada aula era uma sensação diferente de gratidão, aprendi muito e observei na prática o que muitos dizem, que sala de aula é uma troca de conhecimento, o professor ensina o aluno e o aluno ensina o professor, sendo sobre o conteúdo da aula ou não.


Nesse mesmo ano eu realizei a minha segunda IC (primeira na graduação) de maneira voluntária e nos dois anos seguintes, na modalidade bolsista. O meu orientador em todas foi o professor Gustavo Cabrelli Nirschl, que me ensinou a elaborar projetos de pesquisa, relatórios parciais/finais e resumos expandidos para publicação em congressos. A Iniciação Científica envolve todas essas atividades, como também participação/apresentação em congressos, conhecer pessoas novas (sejam elas de outro campus ou do próprio IFSP Votuporanga) e lugares novos.


Muitas vezes quando estamos na graduação nos preocupamos em não dar conta de tudo, mas falo com muita convicção que os projetos de extensão e as iniciações científicas quando bem planejados não atrapalham o nosso desempenho nas disciplinas. Eu sei disso porque no meu segundo ano abracei as duas coisas, ser bolsista no projeto de extensão e fazer iniciação científica voluntária, tive muito medo de não dar conta e não vou falar que foi fácil, mas tudo valeu a pena no final, foi um ano extremamente produtivo. Sugiro que todos que pensam na possibilidade de realizar um mestrado futuramente, tenham uma experiência de iniciação científica, não apenas por ajudar no processo seletivo, mas especialmente por tudo que a IC agrega na vida daquele que a desenvolve. Destaco aqui que é apenas um conselho, não quero desesperar ninguém que não possua e queira tentar, pois conheço pessoas que não realizaram IC e estão muito bem também no mestrado.


Sabemos também que você cursou, antes da Engenharia Civil, o curso de Técnico em Edificações integrado ao Ensino Médio no IFSP Votuporanga. Como você avalia a importância do curso para o seu crescimento profissional que te fez chegar onde está hoje?


Acredito que o curso técnico em edificações foi um divisor de águas na minha vida. Eu entrei no IFSP Votuporanga em 2013, com apenas 15 anos e, como muitos nessa idade, eu não tinha certeza de que carreira seguir, engenharia civil era uma opção, mas eu não sabia nada relacionado a profissão, não conhecia nenhum profissional da área. A instituição me proporcionou ter aulas com excelentes profissionais, que conseguiram, sejam por meio de relatos de suas experiências, visitas técnicas ou aulas práticas, demonstrar o que era ser um engenheiro civil. Também foi meu primeiro contato com disciplinas específicas, sem ser apenas aquelas da educação básica como matemática, gramática, história, geografia, etc.


Estou certa que ter tido esse primeiro contato com as específicas, me ajudou também a ter uma noção do que era ser um estudante de engenharia civil. O conteúdo na graduação é bem mais aprofundado, é claro, mas ao contrário de muitos que sentem desespero quando chegam as disciplinas específicas, eu senti alívio (porque eu sofri muito com cálculo e álgebra na graduação, rs).


Você pretende seguir a carreira acadêmica após terminar o mestrado?


Com certeza pretendo seguir a carreira acadêmica, se será logo após terminar o mestrado ainda é cedo para dizer. Minha ideia inicial é adquirir bastante experiência/conhecimento para depois ensinar outras pessoas, pois essa é uma característica que admiro na maioria dos meus professores.


Como você avalia o impacto na sua vida de se formar em um curso com nota máxima no MEC e no Enade?


Acredito que me formar em Engenharia Civil no IFSP Votuporanga foi a melhor decisão da minha vida. Fora o fato de ser uma instituição excelente, há também o lado que permite que você crie laços de amizade com os docentes e com os servidores. São pessoas de “carne e osso” cuidando e ensinando pessoas de “carne e osso”. O curso de Engenharia Civil no IFSP Votuporanga não é apenas um curso que você frequenta e no final “ganha” um diploma. O diploma é conquistado com muito esforço. O impacto de me formar nesse curso com nota máxima no MEC e no ENADE é que agora, fora da instituição, sei que estou preparada para os desafios que virão. Tenho muito orgulho de ser egressa do curso de Engenharia Civil do IFSP Votuporanga.



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"À você, hoje aluno do curso de Engenharia Civil do IFSP Votuporanga, eu digo apenas duas coisa: persista e não se compare aos outros. Li uma vez uma frase que carrego comigo e apesar de desconhecer a autoria, deixo-a registrada aqui: “Não meça seu progresso com as réguas de outras pessoas”


Agradeço a Deus pela vida, a minha família, ao meu namorado e as minhas amigas (Renata, Paula, Gabriela e Mariana Nuccitelli) pelo apoio durante todos esses anos. Também quero agradecer a todos aqueles que foram meus professores no IFSP Votuporanga e dizer que carrego um pouquinho de cada um comigo. Espero um dia mudar a vida dos meus futuros alunos, assim como eles mudaram a minha vida. Gratidão aos servidores que sempre me auxiliaram em tudo que precisei. Um agradecimento especial ao professor Gustavo Cabrelli Nirschl por todos os ensinamentos e pelo incentivo para que eu buscasse a aprovação no mestrado. Finalizo agradecendo pelos 8 anos que vivi no IFSP Votuporanga e pelo convite da equipe de entrevistas. Desejo sucesso a todos os alunos. Valeu!"


Nós da Equipe de Entrevista agradecemos imensamente a Isabella pela excelente entrevista concedida. Lhe desejamos uma incrível jornada nesta nova etapa de sua vida e que a sua trajetória sirva de inspiração para outros alunos também.


Entre em contato com a entrevistada pelas Redes Sociais:




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1 Comment


nirschl
nirschl
Apr 05, 2021

Parabens, Isabella. Você se esforçou e merece!

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